Alfredo Mâncio foi o criador de O Monoculo, periódico que rapidamente abandona para se dedicar a O Bohemio nesse mesmo ano de 1896.
O Monoculo saiu apenas no seu primeiro número em 21 de Junho de 1896 com 8 páginas e editado por J. A. Coelho. Impresso na «Typographia do Líma», teve como colaboradores Alfredo de Pratt, Luiz Trigueiros, Just de Lencastre e Júlio de Lemos.
O Monoculo, publicação mensal na forma de «uma folha de caricaturas em substituição do Phantasma que Deus haja! E que o titulo dado seria o de … de de … Monoculo, se bem me lembro» (De Vianna. In O Monoculo, n.1, p. 2).
Alfredo Augusto Mâncio (1868-1905), como jornalista e como caricaturista sobretudo, teria bebido a sua inspiração na obra de Rafael Bordalo Pinheiro (ainda que através do seu amigo Sebastião Sanhudo). Exemplo disso é o próprio título do periódico, inspirado num dos trabalhos de Rafael Bordalo Pinheiro: O Binoculo, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura da década de 70 do século XIX.
Do mesmo autor são também os periódicos O Bohemio, Piparotes e O Phantasma. Foi também dirigido por Alfredo Mâncio o periódico O Commercio editado por Duarte B. da Costa entre 1904-1906.