A área ocupada por este território administrativo e judicial situava-se no lugar de Santo Estêvão da Freguesia de S. Miguel da Facha, na Terra e Julgado de Santa Estêvão de Riba de Lima, a que se referem as Inquirições de 1220 e 1258.
O antigo concelho e couto de Santo Estêvão da Facha, assim denominado a partir de 1826, compreendia as freguesias de Vitorino das Donas, Seara, S. Miguel da Facha e parte de Geraz do Lima. Era cabeça destas terras a freguesia de S. Miguel da Facha.
Pertenceu a Fernão de Caminha e a seus filhos pela doação que lhe fora feita por D. Fernando, em troca da auxilio na luta contra o rei de Castela, D. Henrique, o Bastardo.
Em 1408, D. João I deu estas terras juntamente com Fraião, S. Martinho, Geraz e Arcos de Valdevez, com rendas e jurisdições, a Fernão Anes de Lima, pai de Leonel de Lima, 1º visconde de Vila Nova de Cerveira.
O foral do couto da Facha, datado de 12 de Março de 1515, foi concedido por D. Manuel e posteriormente confirmado a 5 de Janeiro de 1824.
As rendas deste couto foralado provinham de foros entre os quais os da Casa Real, de que foi donatário o marquês de Ponte de Lima.
Para efeitos da sua administração civil, judicial e financeira, Santo Estêvão contava com um juiz ordinário, vereadores, procurador do concelho e meirinho, eleição trienal do povo, a que presidia o Corregedor de Viana e quatro tabeliães, de cuja apresentação estavam encarregados os viscondes. Estes tabeliães serviam, em Santo Estêvão, na câmara, almotaçaria e sisas, por distribuição e três deles nas notas do concelho de Geraz.
Santo Estêvão dispunha ainda de um juiz dos órfãos e escrivão, comuns ao concelho de Geraz do Lima.
A primitiva designação de concelho de Santo Estêvão de Riba de Lima viria a ser alterada, em 1826, para Santo Estêvão da Facha, denominação que se manteve até à extinção do município. Depois de suprido, as freguesias foram anexadas ao concelho de Ponte de Lima, à excepção de Geraz do Lima, que actualmente se enquadra no concelho de Viana do Castelo.