Carta enviada por Ventura a Clara Carolina Malheiro Lobato Teles de Meneses

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Carta enviada por Ventura a Clara Carolina Malheiro Lobato Teles de Meneses

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/MPTL/ACP/07ª GERAÇÃO-7.1/001/001021

Tipo de título

Controlado

Título

Carta enviada por Ventura a Clara Carolina Malheiro Lobato Teles de Meneses

Datas de produção

1856-02-02  a  1856-02-02 

Dimensão e suporte

20,8x13,5cm; papel

Extensões

4 Páginas

Produtor

Clara Carolina Malheiro Lobato Teles de Meneses

Âmbito e conteúdo

Carta enviada de Braga por Ventura [Malheiro Reymão Marinho Lobato Teles de Meneses] à sua mãe Clara Carolina Malheiro Lobato Teles de Meneses.Morada: Viana do Castelo.

Assunto

Cota atual

ACP_5604

Idioma e escrita

Português

Características físicas e requisitos técnicos

Bom estado de conservação

Transcrição

Ilma. Exma. Sra.,Minha querida Mãe do Coração.Ontem recebi a carta de V. Ex.ª de 30 de janeiro último, ainda sinto dizer-me que V. Ex.ª continua a passar incomodada, e que todos tenham sentido defluxos, que geralmente todos sofrem principalmente nesta estação. Eu graças a Deus nenhum incomodo tenho padecido e nesta parte enganaram a V. Ex.ª e é de presumir que se assim fosse, não querendo eu que se soubesse, o Abade decerto o dizia e V. Ex.ª conhece isto mesmo muito bem. Ainda que estivesse doente de cama, a carta de V. Ex.ª restabelecia-me completamente porque na verdade vai para dois anos que nunca pude obter o que obtenho na última de V. Ex.ª. Dizer-me V. Ex.ª em primeiro lugar, que me faz tudo que seja compatível com a dignidade de V. Ex.ª é o mesmo que dizer-me que faça a minha vontade sem que por isto se perca a nossa amizade, que espero assim seja; pois nada mais ambiciono nesta vida que a amizade de V. Ex.ª, e é por isto mesmo que tanto tenho sofrido e tenho feito padecer a minha Mãe, casando eu, acabam os meus sofrimentos e os de V. Ex.ª sem que por isto haja quebra na amizade.Espero que a minha Mãe se não aflija, porque eu estou persuadido que fazendo um casamento à minha vontade, nunca poderei ter desgostos, uma vez que a minha Mãe seja minha amiga.Eu bem conheço, e não estou alucinado, que todas as aflições de V. Ex.ª são por se lembrar que eu tenho de ser maltratado, e eu acredito tanto o contrário que me não deixa desistir de levar ao fim o meu projeto e com toda a reflexão e sangue frio digo isto a V. Ex.ª.Peço a V. Ex.ª a sua bênção e ao meu Pai o que sempre hei de com todo o respeito e humildade, como filho obediente que sou.De V. Ex.ªFilho muito amigo e obrigado,VenturaBraga, 2 de fevereiro de 1856

Estado documento